O primeiro e verdadeiro ‘‘Papai Noel’’ foi São Nicolau. Ele inspirou os costumes natalinos. O carisma da caridade o levava a dar presentes de modo escondido, em especial às crianças. Vários países ainda fazem isso no seu dia, 06 de dezembro. Nicolau nasceu por volta de 275 dC em Lícia, e morreu em Mira, como bispo, por volta de 342. Uma e outra cidade ficam na Turquia atual.
Herdeiro de família rica distribuía sua fortuna aos pobres. Deixava o dinheiro nas portas deles à noite para não ser identificado. Muito dedicado em socorrer os necessitados, morreu com fama de santidade e milagres. Sobre sua vida há muitos relatos. Difícil é separar os fatos reais das lendas.
A caridade fez dele um dos santos mais populares dos primeiros séculos. Venerado como padroeiro das crianças, marinheiros, comerciantes e dos pobres.
Comemorava-se São Nicolau relacionado com o Natal. Ele foi o ‘‘Santa Claus’’, pronúncia derivada da palavra holandesa ‘‘Sinterklass’’. O comércio se apropriou da tradição dos presentes, mas o Santa Claus (Nicolau) continuou venerado.
Aos poucos os interesses comerciais foram desvirtuando a figura dele e criando a do ‘‘Papai Noel’’, exportado pelos Estados Unidos em 1930.
Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.
Evolução |
Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo. Este é um ícone do consumismo imposto à nossa cultura. Ícone não inspirado na verdade histórica, nos valores éticos e nem no bom senso.
Saibamos preservar o que fez São Nicolau e não o que fez a sua caricatura, o Papai Noel. Ter gestos de caridade: na acolhida fraterna aos outros, no dom de si, na vivência da solidariedade, na atenção às crianças mais pobres e aos necessitados.
Se o Natal é festa, é antes questão de fé!
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